SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ EM IMUNOSSUPRIMIDO APÓS CO-INFECÇÃO POR ARBOVIRUS: UM RELATO DE CASO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36489/feridas.2024v12i62p2276-2282

Palavras-chave:

Infectologia, Imunossupressão, síndrome de Guillain-Barré, Neuropatia Autoimune Aguda

Resumo

Introdução: A síndrome de Guillain-Barré (SGB) tem caráter auto- imune e é provocada por uma resposta inadequada do organismo a um processo infeccioso, seja por vírus, bactérias ou fungos. Objetivo: Fazer relato de um caso de paciente imunossuprimido por HIV que desenvolveu a síndrome de Guillain-Barré após infecção por arbovirose. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo com abordagem quantitativa. Estudo de caso: Paciente, gênero masculino, 30 anos, portador do vírus HIV, com quadro de febre intensa, cefaleia e diminuição de força em membros inferiores ascendendo de forma podo-cranial, atualmente com perda de força (grau 3), paresia presente até o nível subcostal acima da linha umbilical (à nível de T8), e hiperflexia patelar e déficit de deglutição.  O mesmo portava um exame sorológico para dengue com resultado de IgG positivo. Após recebimento de resultado do exame de líquor, viu-se que se tratava da Síndrome de Guillain-Barré causada por infecção por arbovírus. Dias depois foi realizada sorologia para Citomegalovirus-CMV o qual deu positiva. Aberto investigação para averiguar o acometimento neurológico. Paciente apresentou convulsão tônico-clônica e foi transferido para UTI por iminência do comprometimento respiratório. Após longo período na UTI, foi encaminhado para enfermaria para continuidade da assistência e cuidados. Por ser um paciente de longa permanência em ambiente hospitalar, adquiriu infecções nosocomiais de repetição por Staphylococcus epidermidis, Klebisiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e outros. Tais agravantes, juntamente com o quadro clinico causado pela infecção da arbovirose e a Síndrome de Guillain-Barré e a Citomegalovirose deu início a um quadro de taquicardia, hipotensão, dessaturação evoluindo com hipotensão refratária a volume e paradas cardiorrespiratórias -PCR não revertida. Conclusão: Pacientes imunossuprimidos, de longa permanência em ambiente hospitalar,  geralmente evolui para o aparecimento de infecções relacionadas a assistência à saúde e isso pode ser um fator predisponente no aumento dos casos de óbitos.

Biografia do Autor

Arimatéia Portela de Azevedo , Professor do curso de enfermagem na Universidade Nilton Lins

Enfermeiro Mestre – Assistencial na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado Av. 

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Publicado

2024-05-03

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos